Hoje não sinto com gabarito para falar a respeito, mas vamos lá...
Analogia é o sistema mais simples para o entendimento e explicação de uma idéia. Como o próprio nome evidencia, também utilizarei de tão recurso para associar um comportamento generalizado na sociedade com o mesmo pertencente ao grupo de seres vivos considerados inferiores.
É fato, quando alguém precisa de ajuda tente a recorrer a outra pessoa mais forte ou mais apta a resolver a problemática. Como dizem: “é normal” particularmente odeio essa expressão, mas tenho que concordar em partes com ela. Devido a fraqueza de caráter e até mesmo comodidade tentemos a nos aproximas de pessoas que venham de alguma forma facilitar processos penosos em nossas vidas.
Em algum ponto de nossas vidas, em grande parte dos casos em todos, nos deparamos como membros dessa dicotomia. Parafraseando Eurythimics: Todos procuram por algo, alguns querem te usar outros serem usados”
A verdade é bem essa, o verbo também, alijado do ‘mutualismo’, pode oferecer catastróficas conseqüências.
Não estou aqui para falar disso, pelo contrário, o assunto que me interessa é o comportamento abusivo em seus diversos patamares de intensidade.
Os estudos de casos são inúmeros, mas alguns me chamaram a atenção em especial nos últimos meses.
1. o Sr. X, ao se mudar para uma nova cidade depende da moradia compartilhada do indivíduo Y, cuja reação pré-estabelecida pela sociedade o obriga a aceitar o amigo no tempo difícil, mesmo contra a vontade, fato qual Y utiliza de outros meios para extravasar a raiva/frustação da situação não desejável. Sr. X, apesar de evidenciar e ser alertado da situação, prefere acomodar-se devido a impossibilidade de reagir em relação a situação, fato q acarreta no aumento dos níveis de raiva/frustração de Y.
2. Sujeito K se aproxima interessadamente no sujeito J porque precisa de carona para a casa e consequentemente acaba por apoiá-lo mesmo discordando de seus argumentos simplesmente para não perder a carona.
Claro que não vou ser louco de colocar os nomes, mas são alguns dos inúmeros exemplos de inquilinismo social no qual chega a haver uma cumplicidade na qual um indivíduo abre mão de um fator para tirar proveito de algo maior. Pura lei da sobrevivência.
Não seria hipócrita em dizer que não me coloco nessa sociedade, pelo contrário, sou um exemplo vivo de multiplicidade inquilina. Engolimos vários sapos pelo comodismo. Facilmente abrimos mão de princípios para tirar uma maior vantagem nas situações. Ação e reação, num mundo cheio de aceitações e permissões que estruturam a aparente sólida máscara social.
Moral: “ Só não vendemos nossos princípios porque alugar é mais vantajoso”
Próxima pauta: “Teoria da inversabilidade relacional”