Faz tempo que queria postar algo nesse assunto, esta noite estou particularmente inspirado...
O título diz tudo. Quem acha que não, vai falar com o metalúrgico que foi espancado só porque denunciou uma roda de crack no banheiro da boate, ele já saiu do coma enquanto que seus agressores respondem em liberdade. Liberdade dada a esmagadora criminalidade que assola por todos os lugares. Em nossas casas, em nossos escritórios, nas ruas, à noite, de dia.
Vamos listar alguns exemplos simples que presenciamos DIARIAMENTE e, como a quase totalidade, permanecemos inertes.
- Escola: quem nunca colou ou passou cola na vida? Agora expanda isso para concursos públicos, informações sigilosas. Será que Catiola passava ‘cola’ também?
- Trabalho: quem nunca imprimiu um documento pessoal no serviço ou utilizou do telefone da empresa ou internet por motivos pessoais? Agora expanda isso para as esferas do governo. Se eu posso usar do dinheiro da empresa para meus interesses por que os políticos não podem fazer o mesmo?
- Família: quem nunca mentiu para os pais para sair com os amigos? Agora expanda isso para a sociedade. Se eu posso quebrar as regras de casa, por que devo seguir as leis da sociedade? Posso sair impune se fizer ‘direito’.
Tive essa conversa a pouco:
[...]
- Tem que saber a hora de ser bonzinho e a hora de ser esperto
Eu: Espero no Brasil é sinônimo de malandro.
- Não diria malandro, mas tem que ter bastante malícia
Eu: Malícia não é substantivo de malicioso?
- Sim
Re: ...e malicioso não é aquele que causa o mal através da enganação?
[...]
Pessoalmente acho dramaticamente cômico como os valores sociais vão de remodelando em paralelo ao oportunismo.
No meu universo vejo:
- Vejo a mim sendo ‘passado a perna’ por pessoas que possuem comportamento ético e moral socialmente discutíveis.
- Vejo pessoas próximas presas em micro-universos sociais se preocupando com seus umbigos ou umbigos de desconhecidos.
- Vejo que a esperteza maliciosa supera a simplicidade e bondade.
O que posso dizer: Bem vindo a nova era! Mas ainda bato de frente o antigo ditado ‘se não pode vencê-los, junte-se a eles’.
Moral: “Bonzinho só se fode!”
Próxima pauta: “Inquilinismo social”
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