sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

.· Roteirista da realidade ·.

Falar a verdade não é fácil, faz as pessoas chorarem quando o que mais gostaríamos era fazê-las felizes. Mas nem sempre a felicidades dos outros corresponde substancialmente à nossa e assim, nos deparamos num paradoxo altruísmo egocêntrico.

Falar pra pessoa que está ótimo é fácil, mas quem tem coragem de encarar os olhos vislumbrados e dizer o que realmente acontece sem partir o coração? Nunca tive essa força, pelo contrário já foi taxado de covarde quando o que eu mais queria era proteger. Uma mamãe rolinha passa dias apenas se dedicando ao seu piante até um fatídico dia que o enxota do ninho para aprender a voar. Essa atividade parental é bem semelhante ao final de relacionamento capenga. Dois seres presos a um contexto que TODOS sabem ser temporário no qual um tenta nutrir o outro até o momento em que a partida é inevitável.

Ano passado um amigo passou por isso, seu relacionamento estava claramente acabado, contudo, mantinha um vínculo de preparação em busca de proteger aquele ser que tanto foi amado. Eu não diria que o cara bateu a cara no chão, mas certamente deu um bom rasante. Se contasse quantas vezes eu... ...meu pé e minha bunda já estão calejados.

Saímos de nossos ninhos constantemente, quer seja em casa, no trabalho, na escola, entre os amigos. Essa troca de experiência é fatalmente corriqueira, transformando algo traumático - para uma das partes pelo menos - em simples clichê de novela.

Seguir o fluxo da vida está intrínseco ao comportamento humano. Cai, levanta, manda tomar no cu, lava a cara e bola pra frente. Começo, meio e fim de um organograma caótico que tentamos contornar, mas que inevitavelmente será seguido, passo a passo, numa não ensaiada peça de teatro na qual o principal personagem não é você.

A moral de hoje: “A verdade serve seu criador.”

Próxima pauta: “Soulmate”

Bjs!
Tx!

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu bem entendo tudo isso que aqui foi abordado...