terça-feira, 29 de abril de 2008

.· Falem bem, falem mal, mas não falem de mim ·.

A vida alheia sempre foi a principal temática de conversas desocupadas. Costumamos participar diariamente desses entrelaços sociais contribuindo com um segredo para que possamos integrar a certo grupo.
Tenho uma certa pessoa, que gosta de me classificar como amigo, que utiliza de certo artifício para se socializar com as outras pessoas. Aproveito para comentar que nosso relacionamento começou justamente devido a uma outra ‘fofoca alheia’, mas enfim.. Essa pessoa utiliza de fatos que descobre fuçando meus orkuts, blogs e flogs, ou até mesmo em conversas que supostamente seriam confidenciais para atrair pessoas em seu convívio. Imagine o grau de atenção que essa pessoa recebeu quando revelou para meio mundo sobre meus namoros. Em certo ponto eu até sinto um pouco de pena. O que seria dessa pessoa se eu não existisse? (fui irônico).
O fato é: como é engraçado tal comportamento. Falar dos outros, bem ou mal, virou uma tradição universal. Sentamos na hora do almoço na copa para falar mal de nossos chefes, nos reunimos na mesinha do café para comentar sobre aquele colega de trabalho folgado, da outra grávida solteira, da outra casada chifrada e assim vai. Somos movidos a novidades inúteis, buscamos saber mais para dividir com outros sobre coisas que não tem de fato interesse a ninguém. ARede TV funciona a fofoca, tamanho foi meu espanto ao passar pela sala as 7h da manhã e ouvir que tão cedo já havia fofocas e só acabam depois da bisca da Luciana tarde da noite...
Sem dúvidas esse foi o ápice da globalização. Não conseguimos viver sem os outros, não porque precisamos deles, mas precisamos saber sobre eles; inutilmente.

Moral: “se eu contar um segredo você promete contar para alguém?”

Próxima pauta: “Amigos de segundo grau”

Nenhum comentário: