O relacionamento humano é algo engraçado. Aprendemos a atribuir sentimentos positivos e negativos às mais diferentes interações. Sem entender, começamos a amar, e subversivamente a odiar. “Amar a deus no céu e aos pais na terra” quantas vezes ouvi isso da irmã Lordinha da pré-escola. Quem é ateu obviamente não se enquadra nesse grupo, mas e quem não ama os pais?
Recentemente foi exposto a uma explosão de emoções relacionada justamente a isso. Apesar de não odiar, não sinto amor pelo meu pai. Deixo claro que minha fase de revoltas adolescente já passou a tempos, mas devido a uma série de acontecimentos fora de controle de ambas as partes, seguimos caminhos opostos abrandando aos poucos o que tanto fomos cegamente condicionado a fazer.
Em paralelismo a essa idéia, tenho um amigo que passa por semelhante problema em seu relacionamento. Seu namoro, aparentemente, não corresponde suficientemente com as expectativas. Isso faz com que aos poucos eles se afastem, por esperar cada vez menos e inconscientemente buscar em outros o que o parceiro não oferece. Em exemplo mais específico foi o aniversário de “A” . “B” apensar de morar longe, queria passar o aniversário com o amado, mas não pode. Bem no dia, como uma providência divida, “B” adoeceu e conseguiu licença do serviço. A primeira coisa que “B” pensou foi em passar o dia de especial com o namorado e quem sabe de quebra receber os cuidados que todos namorados, dentro da visão dele, deveriam dar e receber. Ledo engano.
Amar, não é fácil, ainda mais quando o sentimento não é devidamente correspondido. Mas a partir de que ponto tentativa-e-erro passa a ser burrice? Bati a cara inúmeras vezes tentando fazer o certo na vida. Creio que “A” e “B” também tenham suas parcelas de experiência...
Hoje ao voltar ao hospital para a injeção, me deparei com um cartão verde recortado com um coração desenhado e os seguintes dizeres que ficam como moral de hoje:
“Dói fracassar, mais doloroso ainda é nunca tentar.”
Próxima pauta: “uma doença chamada sexo”
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